sexta-feira, 27 de março de 2009

Pensamento de uma vida...

- Mestre, como faço para me tornar um sábio?

- Boas escolhas .


- Mas como fazer boas escolhas?


- Experiência.


- E como adquirir experiência, mestre?


- Más escolhas.


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sábado, 21 de março de 2009

A tristeza permitida, por Martha Medeiros

"Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que normalmente faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair para compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz?
Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem para sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?
Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer para eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela pessoa que sempre fui, velha de guerra.
Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.
A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alergia, é um registro da nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.
Depressão é coisa muito mais séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou com si mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas.
“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago de razão/ eu ando tão down ...”. Lembra da música? Cazuza ainda dizia lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar o seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem esta calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinicius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.
Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem por isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos."


sexta-feira, 6 de março de 2009

Ano de Darwin

Vasculando uns blogs por aí, me deparo com esta notícia:

"“Evolution ist überall!”, brada um grupo alemão que quer instituir neste Ano de Darwin uma data comemorativa oficial celebrando o fato de sermos todos “filhos da evolução”. Seria o "Evolutionstag", que substituiria a Ascenção de Cristo como um feriado nacional secular."


E pra promover a petição online, criaram este vídeo com Charles Darwin cantando "We are Children of Evolution”. Vale a pena assistir... rsrs

Pra quem saca alemão, vai o site aí http://www.darwin-jahr.de/e-day




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um selo, uma corrente bloguiriana...

Recebi dois selos!!! (por essa eu não esperava...)

Como diz o locutor da rádio cidade: Suuuuuceeessooooo... ahahahaha

Agradeço ao Marcos do Filosofia Menor e ao Marco do Alvor desnudo
pela lembrança e gentileza.

Passo agora essa corrente para os blogs que gosto muito:


Conteúdo Nucleico Fragmentado (Uma taça que transborda por todos os lados)

Caio Fernando Abreu (Sem amor, só a loucura)

CC&VC (Maior Cassio Rugeri Cons de todos os tempos)