domingo, 28 de dezembro de 2008

Minuto de expansão...

 Poema Único

  É o desejo que temos uns pelos outros 
  A lembrança de que já fomos um?

  É pela vaga e inespecífica saudade
  Que se revela a unidade?

  É na essência que compartilhamos
  Que sabemos quando amamos?




Que no ano de 2009, haja lembrança e saudade do que nos une e move. (Como diz o Sérgio, um jeito requintado de dizer: Namastê)


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Felicidade Realista



Hoje estou postando uma crônica da Marthinha (olha a intimidade), isso só pq é gaúcha...


Tudo por conta desse tal de regionalismo que espero nunca perder, afinal de contas, gaúcho que é gaúcho, tem orgulho e gaba-se de tudo que sua terra produz!!! E já que hoje estou saudosista, antes de lerem a minha querida Marthinha, vejam uma parte do hino (que representa muito para nós) do meu Rio Grande do Sul amado: hahaha




"...Mas não basta ser livre

ser forte, aguerrido e bravo

povo que não tem virtude,

acaba por ser escravo."




"FELICIDADE REALISTA"



( Martha Medeiros )



A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Seja um Idiota





A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. A vida já é um caos. Por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes,separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele! Milhares de casamentos acabaram não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não! Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Brincar é legal! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?


Agora não sei quem é o autor desta... Arnaldo Jabor ou Ailin Aleixo...


Como não sei qdo meus textos psicofilosóficos estarão prontos, vou colocando as crônicas que gosto... Pq?????? Quero elas aqui e pronto!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Namastê








Namastê ou Namaskar (नमस्ते [nʌmʌsˈteː] em Hindu, do Sânscrito (sandhi interno de namaḥ te)) é uma saudação usada no sul asiático, da mesma forma como "olá" ou "adeus" seriam usados em português. O significado, porém, é diferente.

Na Índia, Namastê é uma saudação ao homem interno e denota aceitação, disponibilidade e amor. Para os indianos, a palavra sagrada significa ‘Deus em mim saúda Deus em ti’. Já no Nepal, este significado recebe uma interpretação parecida: ‘Eu te reverencio porque em ti habita todo o universo, porque tu és amor, verdade, luz e paz. Quando tu estás dentro de ti e eu dentro de mim, somos a Unidade’.

A palavra namastê é o cumprimento que literalmente significa “Curvo-me perante a ti”. Na Índia é a forma mais digna de cumprimento de um ser humano para outro. Expressa um grande sentimento de respeito. Invoca a percepção de que todos nós partilhamos da mesma essência, da mesma energia, do mesmo universo.
Namastê possui uma força pacificadora muito intensa. Em síntese é “Saúdo a você, de coração!” e deve ser retribuído com o mesmo cumprimento.
"O Deus que habita em mim, saúda o Deus que há em ti."
"O Espírito em mim reconhece o mesmo espírito em você."
"A minha essência saúda a sua essência."

Conhecido pelos budistas como Anja li Mudra, consiste no simples ato de pressionar as palmas das mãos ante o coração e os dedos apontando para cima, no centro do peito. Inclina-se levemente a cabeça sem ser acompanhado de palavras. Freqüentemente fecham-se os olhos, para então curvar-se a coluna, em sinal de respeito à divindade que preenche todos os espaços do universo. A coluna retorna à posição ereta mais lentamente do que quando abaixou, também simbolizando respeito à outra pessoa.

Os cinco dedos da mão esquerda representam os cinco sentidos do coração, enquanto os dedos da mão direita representam os cinco órgãos da razão. Significa então que a mente e o coração devem estar em harmonia, para que nosso pensar e agir estejam de acordo com a Verdade. Também é um reconhecimento da dualidade que existe no mundo, simbolizando a união das polaridades, esquerda e direita, bem e mal e sugere um esforço de nossa parte para manter essas duas forças unidas em equilíbrio. Namastê traz o sagrado para dentro de cada ser humano, afirmando que Deus não está no céu, num templo ou mesmo na natureza. Deus está em tudo, em cada um de nós e qualquer dissociação da imagem do divino da nossa é inútil. Ao fazer o namastê, afirmamos que todos somos filhos e partes do sagrado, indissociáveis e iguais.

Namastê é um mantra, um gesto e sobretudo uma atitude interna que transpõe o indivíduo à divindade do outro, evocando reverência e quietude. É o reconhecimento de almas, uma forma singela de meditação, uma vibração que se exterioriza quando existe intenção de paz e harmonia.

Um gesto simples como namastê pode transmitir um sentido de acolhida, paz, tranqüilidade, respeito e unidade. O gesto conduz o ser humano à reflexão de que é preciso agir e viver tendo sempre como ponto de partida o coração, morada da divindade. Por tudo isso, da próxima vez que ouvir ou proferir essa palavra, faça com todo amor e respeito.

Namastê.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Escutatória



Mais uma do Rubem Alves... como eu gostaria de ser amiga dele... e o ouviria com todo silêncio do meu ser...seria edificante...ai ai



Escutatória - Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade: A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração... E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos... Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. Vejam a semelhança... Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio... Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos... Pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades. Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado. Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou. Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou. E, assim vai a reunião. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência... E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia... Que de tão linda nos faz chorar. Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Entre o céu e No inferno




Entrei no inferno sem querer. Confesso que no começo foi doloroso, um tanto quanto sombrio. Penei até me acostumar nele. Mas, aí, o tempo foi passando e fui me habituando. Conheci novas pessoas e fiz ótimas amizades. E quando dei por mim já havia criado minhas próprias regras. Me diverti, e como me diverti nesses dez anos no inferno. Nossa, me diverti demais... ainda me divirto. Se voltasse no tempo faria tudo novamente para conhecer este estado do ser. Porém, agora, depois de tudo que vivi aqui, assumo que estou enfastiada. Quero conhecer o céu sob a óptica de quem já esteve no inferno. Sei que levo comigo uma parte sua da desordem e do desassossego, da inquietação e dos melhores momentos. Levaria ele comigo para onde fosse, porque é deliciosamente viciante e também, não vivo mais sem. Quero o céu com toques infernais. No momento, estou na porta, recepcionando os recém-chegados. E vocês que estão chegando, me ouvirão dizer com um tom de voz prodigiosamente sarcástico, e se prestarem bastante atenção, atrás dessa ironia amarga sentirão uma profunda melancolia, quando digo:

"Entre,

tranque a porta,

perca a chave e

sinta-se à vontade!

Dê um adeus para seu antigo eu

E as boas-vindas

para o novo Aventureiro "mascarado" eu.

A partir de hoje,

Você irá dispor

de muitas alegrias efêmeras...

O vazio te acordará

em grandes manhãs de dor...

E a carência, caro Aventureiro,

te acompanhará para sempre.

Aflito companheiro de viagem,

Seja bem-vindo ao inferno!

E ainda assim, eu lhe garanto,

com toda a certeza, você irá se divertir!

Entre e fique à vontade..."


_Lakka Fagundes_




quarta-feira, 19 de novembro de 2008

CRU

Na minha estada em Caxias fui assistir ao espetáculo teatral CRU, e este texto que posto aqui foi me apresentado por essa peça. Procurei muito por ele e finalmente o achei...Essa peça foi uma experiência impactante, durante todo o espetáculo, os atores iam firmando um diálogo violento com meu íntimo e eu ia ficando cada vez mais exposta à mim mesma e, provocaram algo mais do que o racional pode explicar. De uma forma intimista, vi paixões, desejos de um corpo pelo outro, perdas e morte e ao mesmo tempo, percebia que essas situações aconteciam o tempo todo, com todo mundo.

Como disse Tchelo Müller em sua crítica: "Cru. Primitivo. Sentimento em estado bruto, difícil de domesticar por meio de nossas mentes super-desenvolvidas. Amor, daquele que dói, machuca, arde e, mesmo assim, nos parece necessário."



Deixo aqui, então, uma parte do CRU...







CANIBALISMO AMOROSO
Por Rafael Machado

Ela cortou o namorado em pedaços e ensopou, enquanto a cabeça e os pés foram ao forno. É real, pode procurar no jornal. Todo mundo se assusta e acha a coisa um tanto maníaca, mas devo confessar que gostei da idéia. Canibalismo amoroso, é como classifiquei o fato, e se as pessoas se assustam é porque não percebem que esse é um acontecimento coditiano.

Amamos para sermos amados, estabelecendo uma relação de troca com nossos parceiros. "Eu te amo", dizemos, mas se em seguida não ouvirmos um "eu também" tratamos logo de quebrar o vínculo e procurar outra pessoa disposta a nos dar aquilo que precisamos. Não sei se isso é bom ou ruim, apenas falo do que acontece.

Não temos o costume de darmos amor. Pelo contrário, o comercializamos, e isso porque precisamos do outro para nos sentirmos amados. A lógica é um tanto simples: como eu não consigo me amar e nem você consegue se amar, então eu te amo e você me ama e tudo acaba bem. Ficamos mais leves, mais sorridentes, mas felizes, e aquela sensação de vazio e solidão que tanto nos encomoda desaparece.

Mas acontece que amor não é moeda, não é favor, não é tapa-buraco. Não pode ser trocado, medido ou cronometrado. Não obedece as leis do comércio, não rende juros. Amar é coisa boa, simples, de fácil acesso. Surge espontaneamente com o ato de ser quem se é, de ser inteiro, feliz, completo. Nada de procurar metade de laranja, de ler horóscopo para achar a alma gêmea que se esconde Deus sabe onde. O amor surge e se multiplica quando a gente se encontra com a gente mesmo no tempo presente. E se eu tenho de sobra eu posso te dar sem precisar mais receber em troca. Migalhas de paixão é aquilo que trocamos, e amor gratuito é aquilo que nos preenche.
E é nesta necessidade do outro para nos sentirmos preenchidos que nós o ensopamos e comemos, e esta é apenas a forma mais material da coisa: devorar o outro para matarmos nossa fome de afeto e de carinho.

Eis um belo jantar a luz de velas. Numa cadeira, nós, os devoradores. Como prato principal as sobras de um relacionamento que não nos sacia mais. E a outra cadeira permanece vazia, disposta a receber outra pessoa vazia que nos procure para se preencher. Aí as leis da selva falam mais alto: é matar ou morrer!
...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Embriaga-te


Embriaga-te



"Devemos andar sempre bêbados.

Tudo se resume nisto: é a única solução.

Para não sentires o tremendo fardo do Tempo

que te despedaça os ombros e te verga para a terra,

deves embriagar-te sem cessar.

Mas com quê?

Com vinho, com poesia ou com a virtude, a teu gosto.

Mas embriaga-te.

E se alguma vez, nos degraus de um palácio,

sobre as verdes ervas duma vala,

na solidão morna do teu quarto,

tu acordares com a embriaguez já atenuada ou desaparecida,

pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio,

a tudo o que se passou,

a tudo o que gemeu, a tudo o que gira, a tudo o que canta,

a tudo o que fala,

pergunta-lhes que horas são:

"São horas de te embriagares!"

Para não seres como os escravos martirizados do Tempo,

embriaga-te, embriaga-te sem cessar!

Com vinho, com poesia, ou com a virtude, escolhe tu,

mas embriaga-te."


_Charles Baudelaire_



Eu concordo com o Sr. Baudelaire!
Tragam o vinho, a cerveja, tragam livros e cigarros também (não me lixem com essa treta do anti-tabagismo…), tragam gente que venha por bem e para o bem da virtude de uma boa conversa…e beba-se a «vida»!
Ah, deve ser servida fresca… _JN_


Essa é uma homenagem às Sextas-bar, uma galera que já marcou para sempre!



PS: precisamos bater uma foto da galera toda!!!!!!


...

domingo, 16 de novembro de 2008

Ressaca Moral




A Maldita Culpa!!!!!



Bebemos todas,

libertamos nosso dionisíaco ID

fazemos tudo que nos dá prazer,

para no dia seguinte

o apolíneo Sr. Superego aparecer

com uma lista infindável

de coisas absurdas que fizemos

que ele jamais admitiria que fizéssemos!!!!

Maldito Sr. Juiz!!!!
_Lakka Fagundes_
...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ao Amor Virtual

Bá, estava eu vasculhando o Leskut (que é uma rede de mulheres, para mulheres, somente com mulheres eheheh) e me deparo com esta poesia, adoro poesias eróticas, acho tão lindo qdo alguém poetifica esse ato que é um poema por natureza.
Não entendo porque podemos, de certa maneira, nos colocar e falar sobre nossas emoções e sentimentos, estamos livres para discutirmos nossos problemas, mas o sexo ainda é constrangedor, é difícil de ser enfrentado, é complicado para ser entendido. Não se comenta, não se fala. E qdo fazemos, é tudo por meias palavras, por eufemismos, suavizando o tema.
Olhamos como se olhássemos para algo impuro em nós, algo que deve ser escondido, pois como vamos saber se é ou não é normal o que sentimos em relação a ele, e se nos julgarem???
Quanta bobagem isso!!!
Essa união entre dois corpos que se amam (sim, se amam, pq para consumá-lo há de ter o mínimo de amor entre ambos, pelo menos para mim é assim) é fonte de prazer, de alegria, de satisfação, de divertimento. E como é gostoso acariciar e ser acariciado, sentir ternura, dar e receber afeto, ser tocado, olhado de maneira diferente, se sentir íntimo, próximo, desvendar cada milímetro do corpo do outro...ai ai...


Mas, enfim, deixo a poesia aqui para quem quiser lê-la...


PS1: Atenção asmáticas, leiam com a bombinha ao lado...
PS2: Atenção almas mais sensíveis, leiam com cuidado ou não leiam...





Ao Amor Virtual




Aqui hoje está um dia bom pra namorar…
chuva fina.. frio…
-feito sob medida.
… só as cortinas fechadas…
Já te transportei ate aqui.
acho que você gostaria muito da minha casa…
mas acho que gostaria ainda mais do meu quarto..
porque tem uma cama…
cheia de lençóis claros… muitos lençóis..
e muitos travesseiros.
deve te lembrar alguma coisa…
imagine então a chuva caindo lá fora… fria..
e nós ali… muitos travesseiros.. lençóis…
adoro lençóis..
cheiro de roupa limpa…
hoje seria uma tarde perfeita pra fazer amor com você sem parar…
frio.. chuva… silêncio..
estou a me doer pensando em você…
Vi uma foto sua de vestido…
Você gosta de vestido?
Gosto de vestidinhos curtos e pés descalsos.
-fazer amor de vestido..
… é dessas coisas que se faz sem planejar…
…como te pegar de repente…
…encher de beijo… e encostar na parede…
-humm….amo esses repentes…..
…e eu te pegaria de um jeito que você não poderia fugir…
acho que nem iria querer…
te pegar nas coxas.. enquanto te sugo a língua…
te mordo a boca…
-aahhhh…
e te sentindo toda úmida..
te cheirando.. e beijando o pescoço…
o queixo..
adoro morder o queixo…
e as mãos… te procurando lá embaixo..
por baixo do vestido..
a virilha….
passar os dedos pela calcinha
entre a pele e o tecido…
desgrudando da pele….
e sentindo você se esfregar em mim…
-hummm
então eu vou até os pelos…
te beijo a boca… ainda…. sugo a língua..
e você abre as pernas pra mim…
-sim…
quente…
-demais…
me puxando pra você…
-muito…
e meus dedos tocam teu sexo…
nossa…quente…
e você me fala como você gosta… no meu ouvido…
-estou sentindo você inchada…
e eu delirando.. arranco tua calcinha…
e te toco com todos os dedos…
você molhada…
-sim…
você gosta…
quero sentir teu quadril…
as pernas abertas…
abraçando minha coxa…
-gosto de me enroscar nela…
e as minhas mãos em você…
e eu gosto que se enrosque…
gosto de sentir você quente na minha coxa…
já não temos mais nada embaixo, só os vestidos…
me fala como você gosta…
me ensina…
me fala… sussurro… no ouvido…
- gosto da sua mão em mim…
dos seus dedos dentro de mim…
humm..
te tocando cada dobrinha…
-sim…
sentindo você se contrair…
quer forte?
-sim…
chega a doer…
-e com jeitinho depois…
humm…
e nossas bocas não se desgrudam…
o que eu faço embaixo…. você responde em cima.. na língua….
-humm……bom….muito bom….
te invado… e sinto tua vagina toda…
-sim….
pressiono pra dentro…
-me toma… você diz..
e você se encaixa em mim…
mais rápido…
e giro meus dedos dentro de você…
-sim…
e você geme… e gosta…
e você quase sentada na minha coxa..
as pernas moles… num sobe desce…
e eu te empurrando pra parede…
-que bom…
o beijo tão forte quanto os dedos…
e entro… e toco..
-sim, me beija forte
beijo…
nao páro de beijar…
-eu quero….
hum….
quero fazer você gozar…
me diz como….
te toco…
te esfrego…
te chupo a boca…
mordo os lábios…o queixo… tudo!
aperto os seios nos meus… o tecido…
e nossos quadris….
te espremo na parede…
-quero sua língua todinha
toda.. toda….
-me lambendo
-me sugando
lambo..
-me chupando
chupo…
-me comendo toda
quero comer toda….
quero arrancar teu vestido…
arrancar o meu…
mas meus dedos…
minha língua na tua boca….
continua…..
você quase não respira….
e eu só quero te engolir…
-estou desfalecida
-você me tira o ar
quero sentir você gozar…
escorrer na minha coxa…
quente…
o cheiro do teu sexo…
-ardendo por você
a vontade de te sugar o sexo…
você quer???
sugar tudo..
-sim
e eu vou… te lamber todinha…
começar pelos lábios grandes…
se abrindo….:
-sim…..toma conta de mim todinha
eu de joelhos…
e você em pé.. em mim…
minha boca na tua vagina…
você se encaixando…
se abrindo…
me espremendo entre as tuas coxas…
te puxo pro meu rosto…
teu gozo dos meus dedos.. quero tudo pra mim….
te invado… sinto a nervurinhas… dentro de você…
sinto teu espasmos cada vez que toco onde você delira….
-aiiiiiiii
-que loucura
sugo…
chupo….
faço tudo…
-eu quero tudo
a boca…
te abro mais com meus dedos…
-faz de mim o que você quiser
língua e dedos…
num entra e sai…
e te faltam as pernas…
então vamos indo ao chão…
e não te largo….
só acho um jeito melhor de te sugar… mais….
sinto você se entregar….
-sim
delírio…
-todinha
os dedos…
te toco tudo…
te preencho… te machuco….
e você pede mais….
pede pra eu continuar…
tuas pernas enroladas no meu pescoço…
minha cabeça em você…
-já nem sei mais de mim…
-me perco em você
você inchada… doída…
querendo gritar…
me bater.. me empurrar…
e me puxando de volta….
e eu te sugando….
te lambendo….
-você me enlouquece
quero mesmo te enlouquecer…
quero que feche os olhos e sinta minha boca em você…
sente minha boca… quente…
minha língua….
-sim…
dedos…
-não vou aguentar
tocando… tocando… eu te sugo…
me imagine em você….
-sim
e você encaixada em mim…
e você goza muito…
tudo na minha boca…
pra eu sentir teu gosto….
-hum
-meu tesão…
meu tudo..
meu amor..
bendito vestido..
-vou ter de usar mais vezes…
Siiimmmm!!!!




_Por Capitu_

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A Praga

(Quadro de Tamara de Lempicka, retratando Adão e Eva)



Li esse texto do Rubem Alves numa das minhas noites insones pela web, achei mto bom e gostaria de compartilhar aqui...Já li algumas crônicas dele, e é simplesmente demais!!!!
Dispensa qualquer outro comentário.

Divirta-se...


A Praga



É bom atentar para o que o papa diz. Porta-voz de Deus na Terra, ele só pensa pensamentos divinos. Nós, homens tolos, gastamos o tempo pensando sobre coisa sem importância tais como o efeito estufa e a possibilidade do fim do mundo. O papa vai direto ao que é essencial: “O segundo casamento é uma praga!”Está certo. O casamento não pertence á ordem abençoada do paraíso. No paraíso não havia casamento. Na Bíblia não havia indicação de que as relações amorosas entre Adão e Eva tenham sido precedidas pelo cerimonial a que hoje se dá o nome de casamento: o Criador, celebrante, Adão e Eva nus, de pé, diante de uma assembléia de animais, tudo terminando com palavras sacramentais: “E eu, Jeová, vos declaro marido e mulher. Aquilo que eu juntei os homens não podem separar...”Os casamentos, o primeiro, o segundo, o terceiro, pertencem á ordem maldita, caída, praguejada, pós-paraíso. Nessa ordem não se pode confiar no amor. Por isso se inventou o casamento, esse contrato de prestações de serviços entre marido e mulher, testemunhando por padrinhos, cuja função é, no caso de algum dos cônjuges não cumprir o contrato, obrigá-lo a cumpri-lo.Foi um padre que me ensinou isso. Ele celebrava o casamento. E foi isso que ele disse aos noivos: “O que vos une não é amor. O que vos une é o contrato”. Aprendi então que o casamento não é uma celebração do amor. É o estabelecimento de direitos e deveres. Até as relações sexuais são obrigações a ser cumpridas.Agora imaginem um homem e uma mulher que muito se amam: são ternos, amigos, fazem amor, geram filhos. Mas, segundo a igreja, estão em estado de pecado: falta ao relacionamento o selo eclesiástico legitimador. Ele, divorciado da antiga esposa, não pode se casar de novo porque a igreja proíbe a praga do segundo casamento. Aí os dois, já no fim da vida, são obrigados a se separar para participar da eucaristia: cada um para um lado, adeus aos gestos de ternura... Agora está tudo nos conformes. Porque Deus não enxerga o amor. Ele só vê o selo eclesial.O papa está certo. O segundo casamento é uma praga. Eu, como já disse, acho que todos são uma praga, por não se da ordem paradisíaca, mas da maldição. O símbolo dessa maldição está na palavra “conjugal”: do latim, “com”= junto e “jugus”= canga. Canga, aquela peça pesada de madeira que une dois bois. Eles não querem estar juntos. Mas a canga os obriga, sob pena do ferrão...Por que o segundo casamento é uma praga? Porque, para havê-lo, é preciso que primeiro seja anulado pelo divórcio. Mas, se a igreja admitir a anulação do primeiro casamento, terá de admitir também que o sacramento que o realizou não é aquilo que se afirma ser: um ato realizado pelo próprio Deus. Permitir o divórcio equivale a dizer: o sacramento é uma balela. Donde, a igreja é uma balela... o divórcio ela seria rebaixada do seu lugar infalível e passaria a ser apenas uma instituição falível entre outras. A igreja não admite o divórcio não é por amor á família. É para manter-se divina...A igreja, sábia, tratou de livrar seus funcionários da maldição do amor. Proibiu-os de se casarem. Livres da maldição do casamento, os sacerdotes têm suprema felicidade de noites de solidão, sem conversas, sem abraços e nem beijos. Estão livres da praga...
...

domingo, 2 de novembro de 2008

TODO HOMEM PRECISA SABER DISSO!!!

Serviço de utilidade pública

Depois de tanto ouvir a mulherada reclamando que durante o sexo descobrem manchas estranhas no teto do quarto, que ficam pensando o que devem fazer no outro dia e, acreditem, algumas fazem até a agenda da semana nessa hora!!!! Resolvi postar esse link. Espero que essa raça de "acliterados" leia e se dedique mais...
Este é um artigo completo sobre o assunto, aqui vc encontra 9 passos para fazer uma mulher feliz!!!
Leia até o fim e aprenda!!!!

http://hypescience.com/orgasmos-multiplos-2/
a página 1 caiu fora =/, leiam enqto ainda está no ar!!!

Porém...
Atenção: Se você é sensível a este tipo de conteúdo não leia o artigo!

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Do It...

Esses dias ouvi a música Do It do Lenini, achei muito profunda e me fez pensar...
“Por que cargas d água complica tanto as coisas???? Tudo pode ser tão simples, tão simples como esta música... Racionaliza demais os sentimentos, as sensações, as situações e acaba por complicá-las, bagunçá-las e transformá-las em coisas que elas definitivamente não são. E essa problematização intensa que faz/cria destrói tua paz de espírito. Será realmente necessário fazer uma reflexão crítica sobre tudo, dona Lakka??? Quando irá aprender a levar uma vida light, leve, fluída???"

Do it

“Tá cansada, senta..Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta...Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta...Se sujou, cai fora
Se da pé, namora...Tá doendo, chora
Tá caindo, escora...Não tá bom, melhora
Se aperta, grite...Se tá chato, agite
Se não tem, credite...Se foi falta, apite
Se não é, imite...Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse...Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance...Use sua chance
Se tá puto, quebre...Tá feliz, requebre
Se venceu, celebre...Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Se perdeu, procure...Se é seu, segure
Se tá mal, se cure...Se é verdade, jure
Quer saber, apure...Se sobrou, congele
Se não vai, cancele...Se é inocente, apele
Escravo, se rebele...Nunca se atropele
Se escreveu, remeta...Engrossou, se meta
Quer dever, prometa...Prá moldar, derreta
E não se submeta”

(Lenine e Ivan Santos)

Mas me diga, e você???


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